segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Amor a Poeta

O amor que me p(ira)
me tira o soss(ego)
Onde nas entranhas de seus barulhos
Me vejo adoecer
Por fora poeta que desama
Dentro poeta que se arranha
Porque amor é como morte
Irremediável mal que se a(briga)
Até nos lábios que se matam
Prontos de mordida e ansiedade
E quando faltam-se lábios
O amor é de sexta só
Que não chega a lamentar falta
Mas, também, nem tanto se deseja
(isso quando o coração já de calos)
E no observe de garotada
De ilusão maior que pensamento
Saneio no lamentar
Por saber dos escuros
Que tanto irão se morar
E com olhos de médico que vê
Gente morrer todo dia
O poeta se esfria e
De quando em vez se cirurgia
Pra se contradizer e amar ilimitado
Porque o sofrimento é a água do poeta